Como convencer a liderança da sua empresa a investir em um programa de bem-estar

21 de jun. de 2023
Última alteração 17 de out. de 2023

As lideranças das empresas têm uma visão positiva sobre o bem-estar dos colaboradores. Aliás, é difícil não se entusiasmar com o assunto em uma realidade em que nove de cada dez empresas têm retornos positivos de seus programas de bem-estar. Eles, além de elevar a produtividade, reduzem os custos de saúde e as despesas com gestão de talentos. É uma tríplice vitória!

No entanto, apesar de todo o impacto positivo, um em cada cinco líderes de RH ainda não sabem como mensurar o retorno de suas iniciativas de bem-estar. E você já viu algum diretor financeiro aprovar algo sem ver os números?

Aqui, mostramos todos eles: do custo do plano de saúde aos índices de assiduidade dos colaboradores: agora, você vai conseguir comprovar que vale a pena investir em bem-estar.

Estudo ROI do Bem-Estar 2023

Como mensurar o ROI do seu programa de bem-estar

Se seu coração acelera só de pensar em provar para o seu chefe o ROI financeiro de um programa de bem-estar, relaxa! Não precisa sair do sério por isso: tem uma fórmula bem simples que você pode usar para quantificar esse retorno:

ROI do Bem-Estar = aumento de produtividade + economia em gestão de talentos + economia em saúde – custo do programa de bem-estar

Vejamos como preencher as variáveis dessa equação para calcular o ROI do bem-estar na sua empresa. 

Dados para mensurar o ROI de um programa de bem-estar

Ganhos de produtividade

Os programas de bem-estar podem alavancar a produtividade dos colaboradores, já que elevam a média de tarefas concluídas e, além disso, diminuem as taxas de absenteísmo e lesões laborais. Para registrar esses dois aspectos, monitore índices como:

  • Receita por colaborador. Divida a receita da empresa nos últimos 12 meses pelo número total de colaboradores em tempo integral no mesmo período. O resultado é a receita média que cada colaborador em tempo integral gera.
  • Lucro por colaborador. Também conhecido como renda líquida por colaborador. Para encontrar esse resultado, divida a renda líquida da empresa nos últimos 12 meses pelo número total de colaboradores em tempo integral no mesmo período. Se esse número for maior após a adoção de um programa de bem-estar, pode indicar que sua iniciativa já se paga.
  • Acidentes de trabalho. Se um colaborador sofre uma lesão na coluna ao levantar materiais de construção ou por se inclinar sobre uma gaveta baixa, é um acidente de trabalho. Treinos de força e alongamento podem ajudar a prevenir essas lesões, um recurso interessante, já que, nos últimos 10 anos, apenas no Brasil, foram registradas 6,2 milhões de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs).

Economia em gestão de talentos

Para os melhores talentos da atualidade, bem-estar não é opcional. Gritantes 78% dos colaboradores acreditam que o bem-estar é tão importante quanto o salário, e isso fica muito claro quando analisamos outros dados: 7 em cada 10 profissionais sairiam de uma empresa que não prioriza o bem-estar dos colaboradores. Um programa de bem-estar pode ajudar a atrair novos talentos e a manter a sua equipe na empresa, o que traz uma economia imensa com os processos de recrutamento e onboarding. Antes e depois de lançar uma iniciativa de bem-estar, pode ser interessante acompanhar estes números:

  • Tempo de contratação. Esse indicador mensura o tempo utilizado do início do processo de contratação até o candidato aceitar a oferta de emprego. Um programa de bem-estar atrativo pode diminuir esse prazo, por exemplo, reduzindo o tempo gasto na negociação da proposta com a pessoa mais qualificada.
  • Rotatividade. Para fazer esse cálculo, divida o número de colaboradores que saem da empresa em determinado período pela média do número de colaboradores da empresa nesse mesmo período. Um programa de bem-estar pode reduzir a rotatividade da empresa, pois costuma elevar a satisfação dos colaboradores e é menos provável que as pessoas procurem outro emprego quando estão satisfeitas com o atual.
  • Pipeline de talentos. Avalie o número de candidaturas que você recebe para os anúncios de vagas da empresa. Esse valor é o tamanho do seu pipeline de talentos, ou seja, a quantidade de pessoas interessadas em preencher uma vaga na sua empresa. Lembre-se: 62% dos profissionais afirmam que o bem-estar é um fator decisivo na hora de se candidatar a um novo emprego. Mencionar seu programa de bem-estar nos anúncios de emprego pode aumentar o número de candidatos por vaga, ou seja, você terá um banco de talentos maior para a seleção e contratação.

Economia em saúde

Esse é um dos indicadores mais palpáveis para comprovar o sucesso de seu programa de bem-estar. Nos EUA, a maioria das empresas têm uma economia de US$ 3 para cada US$ 1 investido em um programa de bem-estar. (Essa economia é tão frequente que muitas operadoras de planos de saúde do país oferecem dinheiro para que as empresas adotem um programa!)

Para avaliar o impacto de um programa de bem-estar, é importante analisar as despesas com a assistência médica e a saúde dos colaboradores ao longo do tempo Para isso, vale a pena avaliar algumas métricas:

  • Custo por CID. CID é um código composto por letras e números para padronizar os nomes das doenças. Com esses dados, você pode identificar as doenças preveníveis que mais afetam seus colaboradores, quais podem ser amenizadas com uma iniciativa de bem-estar e definir quais enfrentar primeiro.
  • Local do serviço. Com essas informações, é possível saber se o atendimento foi em um consultório, de emergência ou à distância, cada qual com um custo diferente. Os atendimentos de emergência geralmente são os mais caros.
  • Avaliações dos riscos à saúde. Essas análises coletam informações de saúde dos colaboradores para avaliar os hábitos e estado de saúde atual de cada um, além de identificar possíveis riscos, e costumam ser exames biométricos com dados sobre peso e pressão arterial. Quando regulares, eles ajudam a monitorar a evolução da saúde das pessoas.

Como mensurar o custo de um programa de bem-estar

Diversos fatores influenciam o custo total de um programa de bem-estar: do lançamento, à manutenção da iniciativa, à mensuração do impacto. Confira a seguir algumas despesas que você pode ter em mente:

  • Participação no programa. É possível lançar algumas iniciativas sem custos extras, como um desafio sobre o número de passos que os colaboradores percorrem em uma semana. Outras, como a vacinação contra gripe na empresa, têm um custo..
  • Despesas administrativas. O tempo que seu departamento dedica ao planejamento, à promoção e ao monitoramento desses programas é valioso. Para avaliar o custo de um programa à empresa em termos de tempo de trabalho dos colaboradores, faça uma estimativa de quantas horas serão necessárias para administrá-lo.
  • Recompensas e incentivos. Algumas empresas optam por incentivar a participação dos colaboradores nos programas de bem-estar oferecendo incentivos como vale-compras e folgas extras para aqueles que vencerem  competições e cumprirem desafios. Não deixe de levar esses incentivos em conta ao definir o orçamento para o seu programa.

Como expor o impacto de um programa de bem-estar

Reuniu todas as informações? Ótimo! Agora, é hora de convencer a liderança da empresa de que lançar um programa de bem-estar é um excelente investimento. 

Talvez seja interessante apresentar sua ideia antes do início do ciclo orçamentário, quando a empresa ainda pode ter recursos disponíveis para novos projetos. Primeiro, exponha dados internos para justificar com números a necessidade de uma iniciativa de bem-estar: baixos níveis de satisfação, absenteísmo acima da média ou aumento nos custos do plano de saúde por colaborador. 

É uma boa ideia apresentar programas que poderiam atender às necessidades reais de bem-estar dos colaboradores da empresa. Assim, a equipe executiva da empresa tem uma noção mais concreta do custo da proposta e, mais importante, uma previsão de quando ela dará retorno. Por exemplo, você pode baixar o estudo do Gympass, ROI do Bem-Estar para ter acesso a dados e insights exclusivos sobre o retorno que esses programas geram e como mensurar o impacto deles na sua empresa.

Ainda, se precisar de apoio durante o processo, entre em contato com um especialista em bem-estar do Gympass — nós podemos ajudar a levantar os dados e a definir os melhores argumentos!

Fale com um especialista em bem-estar_BR1.png

Compartilhe


Gympass Editorial Team

A Equipe Editorial do Gympass traz aos líderes de RH as informações necessárias para promover o bem-estar dos colaboradores. Em um cenário profissional em rápida evolução, nossas pesquisas, análises de tendências e guias práticos são ferramentas importantes para levar cada vez mais satisfação e saúde ao ambiente de trabalho.